Tenho uma amiga que sonhou que um dia, passeando em Londres, viu um golfinho nadando no Rio Thames, em frente a um prédio da Mercedes Benz, bem no centro financeiro da cidade. Só poderia ser sonho, pois seria coisa de português encontrar um golfinho no rio, numa cidade como Londres.
Mas falando em sonhos, esta viagem por Zurique, Berlim e Londres fica na memória como sonhos. O verão europeu esquentou, fez calor e frio ao mesmo tempo, exibiu as flores e os verdes das árvores e diminuiu as roupas e sapatos. Andamos muito, vimos cenários bonitos e outros nem tanto. Muita pichação em todo lugar, e mesmo em monumentos e esculturas. É assim no mundo todo. É a linguagem mundial, coisa de internet, You Tube e iPod. Individualidade.
A alegria vem de Schiller, poeta alemão, que Beethoven incluiu na nona sinfonia como sendo a ODE À ALEGRIA. Em alemão: ODE AN DIE FREUDE.
Tive a graça, se é assim que se pode dizer, de assistir no último dia, como encerramento de mais uma viagem, a nona sinfonia ao vivo e a cores em Zurique, com a orquestra da Tonhalle, com Kurt Masur. Foi realmente uma alegria, cheia de conteúdo e de esperança. Todos foram aplaudidos (de pé) por bem mais de 10 minutos até o maestro fazer um tchauzinho e jogar beijos para a plateia.
A alegria.
O fato da gente acordar, se levantar e sair, tem um aspecto de alegria. A esforço que se faz para sair do estado de sono para ficar alerta e enfrentar o dia que começa, tem uma ponta de alegria. É a alegria de viver, de alguma maneira ser feliz e de ficar em paz. Todos temos a obrigação de ter alegria em nossas vidas. Se não a temos precisamos procurar onde ela está, pois ela existe e é tão boa.
O sonho.
Esta é a liberdade que a gente não controla. O sonho flutua na nossa mente, de um lado para outro, sem pé nem cabeça e sem explicação. É a fantasia pura. Se é a purgação de fatos que existiram ou se tem simbolismos, não vem ao caso os motivos. Estou vendo pela liberdade sem amarras.
Sonhar é bom, leva a gente a uma distancia, onde se pode ver golfinhos no rio Thames ou mesmo sentir a alegria que Schiller descreveu na Ode à Alegria.
O golfinho.
O golfinho sou eu, que sonha em estar livre, nadando pelos rios e mares do mundo ouvindo a sinfonia de Beethoven e sentido uma tremenda alegria.
Se tiverem um tempinho, assistam a este vídeo: