Eu matei.
Há anos estava tudo preparado. Todos os planos checados e rechecados semanalmente. O serviço de inteligência monitorava por anos a mesma cidade, a mesma área, a mesma casa. A gente não sabia o por que disso tudo.
Sempre quando chegávamos ao ponto 3, víamos a mesma cena na enorme tela. A casa em detalhes de HD, quem entrava e quem saía. Via-se tudo ao vivo e a cores.
Um jardineiro que ia em dias aleatórios era o nosso alvo. Mas porque um jardineiro? Veio a instrução de abduzir esta pessoa, sem que ninguém percebesse. A ordem prosseguia no sentido de alerta máximo: de que uma vez o tal jardineiro desaparecesse da face da terra, haveria uma ação fulminante.
Pois bem, foi assim que aconteceu. Vestimos nossas roupas a prova de UZIS, e de qualquer outro tipo de arma, colocamos nosso capacete desenvolvido pela Nasa e Billington, que é a prova de contaminação atômica e de tiro. Assim nos sentíamos protegidos. Podia até ter uma explosão com bomba de hidrogênio, que nós estávamos seguros.
O jardineiro saiu da tal casa, virou pra cá, virou pro outro lado, seguiu em frente e antes de perceber, ele sumiu.
No ponto 4, com tradução simultânea que a expert Terèse fazia, ele contou tudo e como funcionava a tal casa. Em questão de minutos fomos até a casa e atiramos em todo mundo sem distinção. Só uma pessoa deveria sair ilesa. E foi assim que aconteceu.
Ninguém viu, ninguém notou mas em questão de segundos Bin Laden estava a bordo do meu helicóptero. Antes que ele tentasse qualquer coisa, foi despido, a barba cotada e os olhos encobertos. Como ele não falava, e via-se que ele não iria abrir a boca, nós o sedamos lentamente ao ponto de manter certa consciência. Aí ele falou tudo o que o pessoal queria. Como ele fazia hemodiálise, pegamos a cânula que ele tinha no braço e injetamos insulina para que ele falasse ainda mais . Falou um pouco mais.
Depois veio a ordem. Antes de atirar o corpo no mar, quem quiser que atire no monstro. E eu atirei.
Não me arrependo do tiro, só me arrependo de ser ingênuo e hipócrita como a grande maioria dos meus conterrâneos e acreditar neste história.
E daí? O que mudou para mim ou para o mundo? Nada.
Uma enorme e caríssima operação de quase uma década para acabar deste jeito e fazer com que o mundo (planeta) todo acreditasse nesta bobagem.
O falecido já não tinha importância na organização há muito tempo. Passava o tempo casando e fazendo filhos e vendo propaganda de Coca Cola. E comendo pipoca Orville amanteigadas.
Tudo por uma eleição, tudo por uma causa pouco nobre--vingança--e tudo pela
ganancia do poder.
E nós por trás de tudo isso.
Eu protesto
Theodoro.
ResponderExcluirEu acredito na morte do Profeta das Trevas. Concordo que seja uma morte oportuna mas, nenhum criminoso de alta periculosidade e tamanha crueldade não mereça a pena de morte. Tenho quase certeza que todos que perderam uma pessoa querida em 11 de setembro, não estejam de certa forma aliviadas com esta execução.