Hoje tenho uma poesia triste para colocar no meu blog.
Goethe escreveu e Schubert musicou este poema por volta de 1815. Vale a pena ler e depois ouvir no YOUTUBE uma interpretação magnífica de Dietrich Fischer-Dieskau.
Precisa levar em conta que na verdade são 4 personagens que o poema e o cantor representam: 1- o narrador, 2 –o pai, 3 - o filho, 4 - o tal Rei dos Elfos.
O piano dá o tom da cavalgada, do mistérrio e do terror, e o cantor muda o tom de voz a cada personagem que interpreta.
Na verdade é um pequeno poema de amor e tragédia que nos faz pensar no nosso dia a dia, na fragilidade da vida e no amor que se tem ao próximo.
Ouçam, reflitam e vivenciem este poema.
Quem cavalga tão tarde pela noite e pelo vento?
É um pai com seu filho.
Ele leva a criança em seus braços,
Ele o segura firme, ele o mantém aquecido.
"Meu filho, por que esconde tanto seu rosto?"
"Não vê, pai, o Rei dos Elfos?
O Rei dos Elfos com sua coroa e manto?"
"Meu filho... É apenas um filete de névoa."
"Você, criança querida, venha comigo
Tantos jogos divertidos jogaremos um com outro
Flores coloridas estão na praia,
E minha mãe tem para você vestes douradas."
"Meu pai, meu pai, não consegue ouvir
O que o Rei dos Elfos sorrateiramente me disse?"
"Fique calmo, fique calmo, meu filho,
era apenas o vento passando pelas folhas secas."
“Belo garoto, vem comigo, não quer vir?
Minhas filhas cuidarão muito bem de você
Minhas filhas estarão ao seu lado à noite
E vão dançar e cantar até você dormir.”
"Meu pai, meu pai, não consegue ver?
As filhas do Rei dos Elfos naquele
tenebroso lugar?"
"Meu filho, meu filho, bem sei o que vejo:
Apenas os velhos e cinzentos salgueiros."
"Eu te amo, sua beleza me encanta,
Mas, caso não queira vir por bem, então usarei a força!"
"Meu pai, meu pai, ele me pegou!
O Rei dos Elfos está me machucando!"
O pai, a tremer, apressa a cavalgada.
Ele segura em seus braços o menino a gemer.
Mas, com esforço e angustia chega em sua morada,
Mas em seu braços a criança estava morta.
http://www.youtube.com/watch?v=5XP5RP6OEJI
Nenhum comentário:
Postar um comentário